Amor falsificado


Ao longo de 21 séculos de existência, a humanidade ainda tem um visão conturbada do que é o amor, é necessário um questionamento filosófico do seu verdadeiro significado, para que se possa justificar que um crime possa ser cometido em nome desse sentimento.

Em março deste ano de 2008, a menina Isabella Nardoni foi jogada do apartamento onde morava o seu pai; muitas evidências mostram que Alexandre Nardoni, seu pai, e a madrasta, possivelmente foram os culpados pela morte da menina, sendo assim, surge um questionamento: que tipo de amor é esse que levaria um pai à matar a própria filha? Quando se ama uma pessoa procura-se a felicidade dela, e prioritariamente, procura-se vê-la viva.

Em outubro deste mesmo ano, o jovem Lindemberg Alves, seqüestrou e matou a sua ex-namorada, Eloá Pimentel, justificando sua atitude como “por amor”, o que na verdade não existiu, pois o que ele tinha era um sentimento de posse, de autocontrole sobre a vida de Eloá. Um importante passo na vida de uma pessoa é reconhecer o seu sentimento sobre o outro, e pensar racionalmente sobre suas ações naquela relação, porque embora seja abstrato, o amor reflete em atitudes concretas.

Hoje em dia, as pessoas fazem muita confusão sobre o que é amar, devido à falta de conceituação deste sentimento, coisa que só pode ser feita por quem o detém, e que é demonstrado através da atitude desses indivíduos. Ele não está presente somente entre duas ou mais pessoas, mas pode ser o amor a fauna, a flora, a objetos, enfim, de toda espécie. É justamente a falta desse sentimento que acarreta tantos crimes em nossa sociedade: destruição da natureza, vandalismo, assassinatos...

Há uma frase de Gottfried Leibnitz que diz: Amar é sentir na felicidade do outro a própria felicidade, em outras palavras: quem ama não mata, quem ama cuida e quer ver a felicidade do outro, seja ela como for.


Nenhum comentário:

Postar um comentário