Essa vida de leva e trás, de lembranças inesquecíveis, de fatos eternos. Essa “meia-vida” em que o tempo não passa, que o café esfria e que a geladeira está sempre vazia. Vazia de sentimento. Esse mundo de vai e vem, de puxa e solta, de amar gostando, sentir negando. Essa sociedade de merda, de rótulos e propagandas. Quer amor? Vai comprar. Quer amor? Vem que tem. Pessoas vagas, perturbadas, confusas, canalhas. Essa vida momentânea movida à miojo e coca cola, em que a saudade grita e a solidão sufoca. Esse amor que é desejado, quase nunca esquecido, e sempre marcado. De “eu te amo” da boca pra fora, de coração seco, de palavras ditas sem intenção. Essa vida passageira, que ameaça e nunca cumpre, que escreve e apaga, que gira e mantém. É melhor morrer, diria a garota que se acha bipolar. Mas não, o bom é se sentir bem. Seja com uma vida de mentira, ou com uma verdade não vivida.

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